Acer Palmatum, a árvore asiática perfeita para decorar

Nova ficha de planta, sendo o nosso protagonista o bonito Acer palmatum.

Conhecido popularmente por “bordo japonês” ou simplesmente “Acer”, esta espécie de pequeno porte é uma das mais populares na decoração de espaços interiores e de jardins exteriores.

Destaca-se pelas suas folhas de grandes dimensões e tonalidades brilhantes.

Se é um amante das plantas e da jardinagem, este artigo vai interessar-lhe, pois ao longo deste artigo analisamos as características, cuidados e usos do Acer palmatum.

Acer palmatum: o que é e que características tem

• Nome comum: Bordo japonês, Acer
• Nome científico: Acer palmatum
• Classe: Magnoliosida
• Ordem: Sapindales
• Família: Sapindaceae
• Tribo: Acereae
• Género: Acer
• Origem: O Acer palmatum é uma espécie originária da Ásia, em concreto do Japão, Coreia e China.

O Acer palmatum, mais conhecido como bordo japonês, é uma árvore de folha caduca (as suas folhas não resistem à temporada seca, ou ao outono, e acabam por cair). é uma das espécies mais apreciadas na decoração de interiores, sendo habitual vê-lo em forma de “bonsai”.

Trata-se mesmo de um dos “bonsais” mais cultivados.

O bordo japonês é uma árvore pequena que pode alcançar entre os 6 a 10 metros de altura, medindo de maneira excecional os 16 metros. Regularmente, é uma planta que se desenvolve como acessória a outras árvores de maior envergadura.

O Acer palmatum pode ter vários troncos.

A sua forma pode ser piramidal (quando se encontra na etapa de crescimento, ou seja, quando é uma árvore jovem) ou ter uma estrutura em cúpula (na sua fase adulta).

Mas o que faz destacar esta espécie é as suas folhas. Estas são apreciadas pela sua cor e forma. Têm aproximadamente uns 5 a 12 centímetros de comprimento e são palmatilobadas, ou seja, estão divididas em lóbulos muito marcados.

De acordo com a variedade de Acer palmatum, podem ser de cor verde, vermelha ou púrpura.

Quanto às flores – noutras espécies são o mais apreciado, mas no caso desta árvore, carecem de interesse ornamental. As flores encontram-se em pequenas copas, são individuais e possuem 5 sépalas vermelhas ou púrpuras e 5 pétalas de cor branca.

A produção de frutos decorre na primavera (abril e maio).

As subespécies e variedades do Acer palmatum

Na atualidade, existem diversas culturas de Acer palmatum e ao contrário do que em princípio se possa pensar, estas plantações não são de uma única subespécie, na realidade, são de três diferentes:

• Acer palmatum subsp. Matsumure: a de folhas de maior tamanho, de até 12 centímetros de largura.
• Acer palmatum subsp. Palmatum: subespécie com as folhas mais pequenas (7 centímetros de largura).
• Acer palmatum subsp. Amoenum: encontra-se a meio caminho entre as duas anteriores, ou seja, apresenta folhas de com 7 a 12 centímetros de largura.

E a subespécie Palmatum, por sua vez, possui as seguintes variedades:

• Desfolho: o que mais se destaca nesta árvore é a cor que adotam as suas folhas na primavera, um vermelho carmesim que enche de beleza a divisão em que se encontre. Quando termina a primavera, a coloração torna-se verde e finalmente este Acer palmatum adquire uma tonalidade parda.
• Arakawa: a principal característica desta variedade é o tronco rugoso que possui. De facto, o nome, em japonês significa isso mesmo, “tronco rugoso”. as folhas, neste caso, são verdes durante todo o ano, tornando-se amarelas no outono.
• Katsura: destaca-se pelas folhas de cor verde-amarelado com pontos alaranjados e o bordo avermelhado.
• Aoyagi: esta variedade apresenta umas folhas de tonalidade verde lima no verão. No outono, no entanto, a cor muda e torna-se amarela.

Os usos do Acer palmatum

Como é de esperar, os usos principais do Acer palmatum são ornamentais.

A cor das suas folhas, a sua forma e o seu tamanho converteram-no numa árvore perfeita para a decoração interior e exterior.

Como mencionado anteriormente, na atualidade, é muito habitual vê-lo como “bonsai“. Falando disto, num dos nossos artigos poderá encontrar como se leva a cabo esta prática tão comum na ornamentação. Neste, post, analisamos os passos que se devem seguir para realizar o processo de converter uma espécie arbórea numa planta de tamanho menor.

Como cuidar do Acer palmatum

Vejamos agora as necessidades de plantio do Acer palmatum.

Trata-se de uma árvore perfeita para os jardineiros um pouco mais avançados, devido principalmente a características de cultivo como o transplante ou a poda. Mas não se preocupe, a sua manutenção não é complexa.

Para tal, tenha em conta as recomendações que lhe vamos indicar de seguida.

• Localização-Luz: as condições de luz dependem do espaço em que é plantado, pois não é o mesmo fazê-lo no jardim ou num vaso dentro de casa. Como regra geral, procure colocar a árvore num espaço em que não lhe incida luz solar de forma direta, pois dessa forma, as suas folhas podem sofrer alguma queimadura.
• Solo: o substrato em que for cultivado deverá estar bem drenado, sobretudo se se plantar num recipiente. Além disso, o melhor é que o pH seja baixo (entre 4 e 6, tanto para vaso como para jardim) e que o solo seja profundo.
• Rega: as regas devem ser regulares (várias vezes por semana) e aumentar a quantidade de água na época de maior calor. Não tolera a seca, portanto, o melhor é que o terreno se encontre sempre húmido. Recorde-se de evitar os encharcamentos.
• Adubagem: para que a árvore se desenvolva corretamente, adube-a durante a primavera e o verão. O fertilizante usado deve ser específico para este tipo de plantas. Em caso de dúvida, consulte um profissional.
• Trasplante: se decidiu plantar o seu bordo japonês num vaso, deverá saber que o terá de trasplantar a cada 2 anos aproximadamente, sobretudo se usou um substrato muito poroso. Faça-o no final do inverno. No entanto, se o que pretende é transplantá-lo para o jardim, o melhor é fazê-lo durante a primavera, antes de que as suas folhas se desenvolvam.
• Poda: é um dos processos mais importantes caso tenha decidido convertê-lo num “bonsai”. A poda normal pode ser realizada durante todo o ano, mas a de formação é melhor ser realizada no outono. Retire as folhas em mau estado e deixe intactos os pecíolos.

Doenças e pragas que podem afetar o bordo japonês

As espécies vegetais nunca estão isentas de contrair alguma doença ou de ver-se atacada por alguma peste. Faça o que fizer, as suas plantas, tarde o cedo, vão estar doentes ou débeis.

O Acer palmatum não é exceção. Por isso, convém conhecê-las – assim saberá como atuar em caso de contágio.

As doenças e pragas que afetam o bordo japonês são:

• Cochonilha: é uma das pragas mais comuns nas plantas. Trata-se de um inseto que chupa a seiva e como consequência, aparecem malformações nas folhas e o caule. Além disso, expulsam o excesso de seiva sobre a superfície das folhas, o que leva ao aparecimento do denominado fungo ferrujão.
• Pulgão: outra das pestes mais habituais. Quando a planta é atacada por estes pequenos insetos, perde vigor, o seu crescimento reduz-se e a floração diminui. Os pulgões alimentam-se da seiva e além disso, alimentam-se das folhas.

Ambas as pragas podem ser evitadas mantendo o substrato húmido e não encharcado. Além disso, se se leva a cabo a prevenção com inseticidas ecológicos, o seu Acer palmatum poderá manter-se são.

Máquinas perfeitas para podar o Acer palmatum

A poda do Acer palmatum, tal como mencionamos, é um dos processos de manutenção mais importantes. Quer seja para fazer um “bonsai” ou simplesmente para o manter como uma árvore, esta tarefa deve ser realizada com as ferramentas adequadas para tal. Deixamos algumas sugestões:

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